O fenômeno das ondas gigantes de Nazaré, em Portugal

Nazaré, em Portugal, é palco das maiores ondas do mundo. O Canhão da Nazaré forma ondas que chegam a 30 metros e atraem surfistas como Garrett McNamara, Rodrigo Koxa e Justine Dupont.

Entre outubro e março, a vila portuguesa de Nazaré se transforma em palco de um espetáculo natural que impressiona o mundo: ondas que podem ultrapassar os 30 metros de altura. O resultado de uma rara combinação de condições geográficas e climáticas atrai surfistas de elite e milhares de turistas que se reúnem para assistir ao poder do oceano.

A força do Canhão da Nazaré

O segredo por trás das ondas está no Canhão da Nazaré, um cânion submarino com cerca de 5 mil metros de profundidade e mais de 200 quilômetros de extensão. Essa estrutura canaliza e amplifica a energia das correntes recebidas do Atlântico Norte. Quando essas massas de água atingem as áreas rasas próximas à costa, a força é comprimida, formando ondas que se erguem de forma colossal.

Onde ciência e natureza se encontram

Oceanógrafos consideram Nazaré um verdadeiro laboratório natural. A interação entre as correntes profundas, a topografia submarina e os ventos cria condições únicas que ajudam a entender as especificações das extremidades do oceano. A observação e o estudo dessas ondas foram inovadores para avanços na pesquisa sobre dinâmica marítima e segurança marítima.

Os surfistas que fizeram história

Nazaré ganhou fama mundial em 2011, quando o surfista havaiano Garrett McNamara cortou o recorde mundial ao surfar uma onda de aproximadamente 23,8 metros, colocando o nome da vila portuguesa no mapa global do surfe de ondas grandes.

Desde então, o local se tornou sinônimo de superação. Em 2020, o brasileiro Rodrigo Koxa superou o feito, surfando uma onda estimada em 24,4 metros, também na Praia do Norte. Já em 2022, a francesa Justine Dupont foi reconhecida por encarar uma das maiores ondas já surfadas por uma mulher, reforçando o papel de Nazaré como o ápice do surfe mundial.

Um espetáculo que vai além do esporte

Mesmo para quem não surfa, assistir às ondas quebrando diante do Forte de São Miguel Arcanjo, onde está o icônico farol de Nazaré, é uma experiência inesquecível. O local, antes de uma vila de pescadores, tornou-se símbolo de coragem, ciência e respeito pela força da natureza.

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