Enfermagem: cresce número de profissionais na Itália em 2025

A Itália registrou aumento no número de enfermeiros estrangeiros em 2025, segundo dados da FNOPI. Romênia, Albânia, Índia e Brasil estão entre as nacionalidades mais presentes, reforçando a dependência do país da força de trabalho internacional.

A força de trabalho estrangeiro continua ganhando espaço nos serviços de enfermagem da Itália em 2025. Segundo o relatório DataCorner, publicado pela Federação Nacional das Ordens das Profissões de Enfermagem (FNOPI), o país registra 45.433 enfermeiros nascidos no exterior atualmente inscritos no registro profissional.

O estudo também revela que, dentro desse total, 25.768 profissionais mantêm cidadania estrangeira, representando 5,6% de todos os enfermeiros registrados no território italiano, um índice expressivo em meio ao déficit de mão de obra que o sistema de saúde enfrenta.

Esse movimento acompanha uma tendência europeia mais ampla: diversos países intensificaram a busca por trabalhadores estrangeiros para suprir a escassez no setor.

Romênia lidera com folga entre os profissionais estrangeiros

O levantamento da FNOPI confirma que os romenos seguem como o maior contingente de enfermeiros estrangeiros no país. São 14.526 inscritos, número muito superior aos demais grupos.

Logo depois aparece:

  • Albânia – 3.365

  • Suíça – 3.169

  • Peru – 2.620

  • 2.500

  • Alemanha – 2.415

  • Índia – 2.358

  • França – 1.014

  • Moldávia – 863

  • Brasil – 773

A análise por cidadania também reforça a liderança romena, com 12.127 enfermeiros, seguida por:

  • Albânia – 2.121

  • Índia – 1.946

  • 1,834

A Polônia é o único país que registra queda em relação ao levantamento anterior. O relatório associa essa redução aos reajustes salariais implementados no país em julho de 2025, que podem ter diminuído o interesse dos profissionais poloneses em buscar oportunidades fora de seu território.

Diversidade crescente no setor

O DataCorner ainda destaca a presença de profissionais vindos do Peru, Ucrânia, Moldávia, Espanha, Camarões e Tunísia, grupos menores em números absolutos, mas com participação consistente na rede de saúde italiana.

Essa diversidade crescente reforça a transformação do setor de enfermagem no país, que vem incorporando perfis multiculturais e ampliando a presença de profissionais de diferentes continentes.

Dependência estrutural da mão de obra internacional

Os dados confirmam que a Itália permanece dependente da força de trabalho internacional para manter seu sistema de saúde funcionando. Em meio à falta de enfermeiros formados internamente e ao envelhecimento da população, os profissionais estrangeiros desempenham um papel essencial, especialmente em regiões mais afetadas pela escassez de pessoal.

A ampliação do contingente internacional evidencia a necessidade de políticas eficazes de validação de diplomas , acolhimento e integração, garantindo que essa mão de obra adquirida continue sustentando a estabilidade e a capacidade de atendimento do sistema de saúde italiano.

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