Enquanto grandes capitais europeias lidam com superlotação, vários municípios no interior da Europa enfrentam o desafio oposto: comunidades que esvaziam. Para reverter esse processo, algumas cidades começaram a pagar para que pessoas se mudem para lá, oferecendo dinheiro, ajuda para reformas ou subsídios para abrir negócio.

Itália: incentivos financeiros para novos residentes

Na Itália, cidades menores têm se destacado com programas generosos para quem topa mudar de vida:

• Presicce-Acquarica (Puglia) chegou a oferecer até € 30.000 para quem comprasse e reformasse casa antiga no centro histórico e fizesse da cidade sua residência oficial.

• A região da Calábria propôs incentivo de até € 28.000 para quem aceitasse se mudar e abrir negócio local.

• Na ilha da Sardenha, há programas para conceder até € 15.000 a novos moradores dispostos a se comprometer com residência permanente.

• Em Santo Stefano di Sessanio (Abruzzo), os moradores podem receber até € 44.000: € 8.000 por ano durante três anos, além de auxílio para reforma e para empreender.

Espanha: combate ao êxodo rural

Na Espanha, municípios em regiões remotas também estão apostando para reviver suas comunidades:

• Ponga, nas Astúrias, chegou a oferecer € 3.000 para casais, com bônus extra por nascimento de filhos.

• Outras aldeias menores oferecem subsídios de moradia ou incentivos fiscais para atrair famílias e empreendedores.

Segundo a Forbes Brasil, esse modelo de incentivo não é exclusivo da Itália e tem se espalhado por várias regiões espanholas com baixa densidade populacional.

Por que esse modelo existe:

Especialistas apontam que esses programas são uma resposta à:

1. População envelhecida e migração dos jovens para centros urbanos

2. Déficit de profissionais em pequenas cidades (professores, comerciantes, artesãos)

3. Economia local enfraquecida, com comércio e serviços fechando por falta de demanda

Oportunidade para brasileiros

Para brasileiros interessados em mudar para a Europa, esses incentivos representam uma oportunidade real. Muitos programas permitem participação de estrangeiros, desde que:

• registem residência no município

• assumam algum compromisso local (empreender ou trabalhar)

• morem por um tempo mínimo

Com o risco de esvaziamento de regiões inteiras até 2050, analistas estimam que novas localidades lançarão programas semelhantes para atrair moradores, especialmente em áreas montanhosas, vilas históricas e regiões menos acessadas.

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