A União Europeia (UE) avisou que pode bloquear o acordo final da COP30, em Belém, caso o texto não inclua metas mais ambiciosas para redução de emissões e um plano claro de eliminação de combustíveis fósseis.
Diplomatas europeus classificaram como “fraco” o rascunho apresentado pela presidência da conferência, argumentando que faltam elementos essenciais, como estratégias concretas de desmatamento e de transição energética.
O chefe de clima da UE, Wopke Hoekstra, afirmou: “Sob nenhuma circunstância vamos aceitar isso. O texto não está à altura da ciência e das necessidades do planeta.”
Divisão interna da UE
Embora muitos países europeus defendam um roteiro para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, nem todos os membros do bloco estão alinhados. Itália e Polônia, por exemplo, resistem a apoiar formalmente a medida, o que pode enfraquecer a força de negociação da UE.
Mais de 80 países, incluindo França, Alemanha, Espanha e Portugal, apoiam a inclusão do “roadmap” no texto final, pressionando por um compromisso global mais ambicioso.
Financiamento climático
Outro ponto de atrito é o financiamento climático para países vulneráveis. O rascunho prevê triplicar os recursos até 2030, mas alguns representantes europeus consideram a meta ambiciosa demais para os doadores. Hoekstra afirmou que a UE pode aumentar seus aportes se houver um compromisso global mais forte com a ação climática.
Risco de impasse
Negociadores alertam que a COP30 pode terminar sem acordo concreto se o texto não for reforçado. A pressão da UE é vista como um mecanismo para garantir que os compromissos climáticos globais sejam mais ambiciosos, mesmo diante de resistência de algumas economias emergentes.
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