A prisão de Bolsonaro foi motivo de grande destaque na imprensa italiana neste sábado (22).
Portais e jornais como Corriere della Sera, La Repubblica e RAI News fizeram manchetes sobre o caso, com foco no risco de fuga, na adulteração da tornozeleira eletrônica e nas condenações que já pesam contra o ex-presidente brasileiro.
Corriere della Sera: “Risco de fuga e tornozeleira adulterada”
O Corriere enfatizou que o juiz responsável apontou risco concreto de fuga, mencionando que a tornozeleira de Bolsonaro apresentava sinais de adulteração.
O jornal relembrou, ainda, a condenação de setembro pela Suprema Corte brasileira por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado de Direito e danos ao patrimônio histórico, crimes pelos quais Bolsonaro já foi considerado culpado junto com outros aliados.
La Repubblica: “Tentativa de romper a tornozeleira para escapar”
Já o La Repubblica destacou que Bolsonaro teria tentado romper a tornozeleira eletrônica durante uma manifestação organizada por seu filho.
O veículo lembrou que o ex-presidente estava em prisão domiciliar por violar medidas cautelares durante o julgamento por tentativa de golpe.
RAI News: Detalhes da operação e chegada à PF
A RAI News trouxe detalhes operacionais da prisão:
- Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal;
- está detido em uma sala especial para autoridades;
- a prisão ocorreu por volta das 6h;
- o comboio chegou à PF às 6h35.
O canal público italiano reforçou a dimensão política do caso e a preocupação das autoridades brasileiras com uma possível fuga.
O que diz a Justiça brasileira
A prisão preventiva foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, após pedido da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República também foi favorável.
Segundo Moraes, havia indícios de que Bolsonaro planejava deixar o país ou buscar abrigo em alguma embaixada estrangeira.
Apesar de já ter sido condenado pela Suprema Corte, a prisão atual não está ligada à condenação anterior, mas sim a possíveis violações de medidas e risco de fuga.