A nova edição do Índice de Saúde da Mulher, da Hologic, mostra que a saúde das mulheres apresenta fortes contrastes dentro da União Europeia. A Áustria aparece como o melhor país do bloco, ocupando o 3º lugar mundial, enquanto a Grécia registra a pior satisfação entre as europeias, com apenas 32% aprovando os cuidados recebidos.
Áustria no topo, Grécia no fim do ranking
O estudo analisou dados de 146 mil mulheres em 142 países, considerando saúde emocional, cuidados preventivos, necessidades básicas e bem-estar individual.
Na UE, quatro países se destacaram entre os 10 melhores do mundo:
- Áustria
- Finlândia
- Alemanha
- Dinamarca
Por outro lado, a satisfação com a qualidade dos cuidados caiu em 12 países europeus, especialmente na Grécia (32%), seguida por:
- Polónia: 45%
- Letónia: 49%
- Bulgária: 49%
A Itália também recuou cinco pontos em relação à primeira edição do estudo, enquanto a Polónia registrou melhora significativa.
Dores e limitações: tendência preocupante
Globalmente, os dados chamam atenção:
- Mais de 1 bilhão de mulheres dizem ter problemas de saúde que dificultam as atividades diárias.
- 34% relatam dores constantes, um aumento nos últimos quatro anos.
Dentro da UE, sete países, incluindo Grécia, Espanha, Itália e Países Baixos, registraram mais mulheres com dores físicas. A Finlândia foi a única a apresentar queda consistente (24%, ante 33% do ano anterior).
Alguns avanços: mais rastreios e melhor cuidado pré-natal
Apesar das dificuldades, o relatório aponta melhorias específicas:
- Bélgica, Hungria e Lituânia aumentaram os exames de rastreio de câncer.
- Chipre, Dinamarca, Estónia e Lituânia tiveram melhor avaliação nos cuidados de gravidez.
Saúde mental: preocupação e estresse aumentam em vários países
A pesquisa mostra um aumento expressivo de preocupação e estresse entre as mulheres europeias nos seguintes países:
Preocupação:
- Áustria: 39%
- Grécia: 51%
- Lituânia: 33%
- Espanha: 52%
Estresse:
- Bulgária
- Malta
- Países Baixos
Onde houve melhora? Bem, mulheres da República Checa, Finlândia, França e Hungria relataram sentir menos preocupação do que no ano anterior.
Panorama final
O estudo confirma o que especialistas já alertavam: a saúde feminina na UE vive um momento de desigualdade profunda, com avanços pontuais, mas também retrocessos alarmantes.
A Áustria lidera com bons indicadores, enquanto a Grécia enfrenta baixa satisfação e aumento de dores físicas.
O relatório reforça a urgência de políticas públicas voltadas à prevenção, saúde mental e qualidade dos serviços, áreas em que o continente ainda mostra grandes disparidades.