É oficial: a Fórmula 1 está de volta em Portugal.
A principal categoria do automobilismo mundial regressará ao país em 2027, com duas edições do Grand Prix de Portugal a serem disputadas no Autódromo Internacional de Algarve.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (16) pela organização da Fórmula 1, confirmando um acordo válido por dois anos.
Segundo o Governo português, o evento deverá gerar um impacto econômico não inferior a 140 milhões de euros, além de atrair cerca de 200 mil visitantes por edição, entre espectadores, profissionais e equipes envolvidas na competição.
Acordo envolve Governo, Turismo e promotor local
Em comunicado oficial, a Fórmula 1 informou que o regresso a Portugal veio por um acordo celebrado com o Governo português, o Turismo de Portugal e o promotor Parkalgar, Parques Tecnológicos e Desportivos, SA, responsável pela gestão do circuito de Portimão.
As provas de 2027 e 2028 corresponderão à 19.ª e 20.ª edições do Grand Prixde Portugal de Fórmula 1, reforçando o histórico do país na competição.
A última passagem da Fórmula 1 pelo Algarve ocorreu em 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19, quando Portugal integrou o calendário como solução de emergência para manter o campeonato.
Impacto econômico e projeção internacional
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, celebrou o anúncio e destacou a importância estratégica do evento para o país.
“Portugal está de volta ao mapa da Fórmula 1. O Grand Prixterá um impacto direto na atividade econômica, gerando oportunidades em toda a cadeia econômica, do turismo ao comércio, dos serviços às PME”, afirmou o governante.
Segundo o ministro, cada edição deverá atrair cerca de 150 mil espectadores, mais de metade estrangeiros, além de mais de 50 mil profissionais ligados à organização, equipas, comunicação social e logística.
Custo menor que a receita fiscal
Castro Almeida sublinhou ainda que o custo do evento para o Estado será inferior à receita gerada em impostos decorrentes da atividade econômica associada às corridas.
“Esperamos um impacto econômico não inferior a 140 milhões de euros. O custo estimado para o Estado será inferior ao valor da receita fiscal resultante”, afirmou.
O Governo estima também uma exposição mediática global expressiva: mais de 920 milhões de seguidores por Grande Prêmio, ao longo de mais de quatro mil horas de transmissão televisiva.
Circuito técnico e tradição histórica
Localizado no Algarve, o circuito de Portimão é reconhecido internacionalmente pelo seu traçado técnico e exigente.
Com 4,6 km de extensão, o Autódromo Internacional do Algarve apresenta mudanças acentuadas de elevação e curvas rápidas, consideradas um desafio tanto para pilotos quanto para equipes.
A organização da Fórmula 1 destacou ainda o histórico português na competição.
O país recebeu o seu primeiro Grand Prix em 1958, no Porto, e posteriormente acolheu corridas em Monsanto e no Estoril.
Portugal também entrou para a história da modalidade com vitórias de nomes lendários como Stirling Moss, Alain Prost, Nigel Mansell e Ayrton Senna, que conquistou no Estoril, em 1985, a sua primeira vitória na Fórmula 1.
Turismo e desenvolvimento regional
Para o Governo, a realização do Grand Prix no Algarve reforça a estratégia de desenvolvimento regional e consolida a imagem de Portugal como destino capaz de organizar grandes eventos internacionais.
“O Grand Prix de Algarve reforça a marca de um Portugal moderno, ambicioso e dinâmico”, destacou Castro Almeida, classificando o anúncio como “uma grande notícia para o turismo e para a economia nacional”.
Com o acordo confirmado, Portugal volta a integrar o calendário da elite do automobilismo mundial, recuperando um lugar de destaque no cenário esportivo internacional.