Apesar das expectativas de reação pós-crise, a Alemanha não exibe sinais claros de recuperação econômica no terceiro trimestre de 2025.
Segundo o Ministério da Economia, os indicadores permanecem fracos, e fatores externos como tarifas norte-americanas e desaceleração global pesam sobre as exportações.
Apesar disso, alguns setores domésticos mostram leves indícios de estabilização, especialmente na construção e nos serviços voltados ao consumo e às empresas.
Perspectiva macroeconômica estagnada
Em relatório mensal divulgado pelo governo alemão, o órgão afirma que a economia ainda não demonstrou recomposição convincente.
A queda na demanda global e tarifas impostas pelos Estados Unidos contribuem para uma retração das exportações alemãs, componente essencial para o crescimento do país.
Além disso, já no segundo trimestre, a produção econômica do país havia recuado 0,3%, o que enfraqueceu ainda mais as expectativas de recuperação rápida.
Setores com sinais de estabilidade interna
Embora o cenário externo permaneça adverso, o ministério notou melhorias tímidas nos setores internos:
- A construção civil tem apresentado leve recuperação;
- Serviços relacionados ao consumidor e empresas também indicam pequenas correções.
Esses avanços internos, contudo, ainda não são suficientes para reverter totalmente o quadro de fraqueza econômica.
Desafios externos e arrasto nas exportações
A Alemanha, como uma economia altamente dependente de exportações, vem sofrendo com os efeitos de tarifas e barreiras comerciais aplicadas pelos EUA.
A desaceleração global também reduz a demanda por bens industriais alemães, ingrediente-chave de seu PIB nacional.
Com isso, embora internamente alguns setores se estabilizem, o país ainda não consegue se beneficiar de uma retomada robusta.
Riscos e cenário futuro
A falta de recuperação traz riscos elevados: crescimento fraco, desemprego persistente e pressões orçamentárias.
Para economistas ouvidos pela mídia, esse quadro sugere que a Alemanha pode não retomar dinamismo pleno até 2026, a menos que haja estímulos estruturais ou mudanças no cenário global.
Intervenções no setor industrial, incentivos à inovação e renegociação comercial seriam caminhos possíveis para amortecer o impacto negativo.