O cenário tecnológico de Portugal continua em expansão. Nos últimos anos, o país se firmou como um dos principais centros de inovação da Europa, atraindo empresas, investidores e talentos de diversas partes do mundo, especialmente do Brasil.
Lisboa, Porto e Braga despontam como os principais polos tecnológicos. Segundo dados divulgados pelo governo português, o número de startups ativas ultrapassou 3.000 em 2025, um aumento de quase 40% em relação a 2020. O setor emprega mais de 50 mil profissionais e movimenta bilhões de euros anualmente.
Ambiente favorável para empreendedores
O sucesso português não é por acaso. O governo investe em políticas de incentivo fiscal, facilitação de vistos e programas como o Startup Portugal+, que apoia novos empreendimentos e oferece orientação a investidores estrangeiros. Além disso, o visto Tech Visa facilita a contratação de profissionais altamente qualificados de fora da União Europeia.
A infraestrutura moderna, o custo de vida mais acessível em comparação com outras capitais europeias e a ampla oferta de coworkings tornam o país especialmente atrativo. Lisboa, por exemplo, sedia o Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, o que reforça sua posição no mapa global da inovação.
Brasileiros em destaque
Empreendedores brasileiros têm se destacado nesse cenário. A busca por oportunidades em Portugal cresce entre os que desejam empreender com segurança jurídica e proximidade cultural. O compartilhamento da língua, a facilidade de obtenção de cidadania e o aumento dos acordos bilaterais fortalecem ainda mais essa ligação.
Como brasileiros podem abrir startups em Portugal
Para os brasileiros interessados em empreender no país, o processo é considerado simples e acessível. O primeiro passo é a obtenção do visto D2, voltado a empreendedores e investidores, que permite residência e atuação legal em território português.
Além disso, o governo oferece programas de aceleração e incubadoras públicas e privadas que ajudam a desenvolver ideias de negócio, como o Startup Voucher e o Programa +CO3SO Emprego. Também há linhas de crédito e incentivos fiscais voltados à inovação tecnológica e à criação de empregos.
O custo inicial para abrir uma empresa em Portugal é baixo quando comparado a outros países europeus, variando entre 360 e 500 euros, dependendo da estrutura escolhida. Com o apoio de contadores e advogados locais, o processo de registro pode ser concluído em menos de uma semana.
Apesar do crescimento acelerado, o setor ainda enfrenta desafios, como a escassez de mão de obra altamente qualificada e o custo de moradia em cidades grandes.
Ainda assim, especialistas afirmam que Portugal tem tudo para se consolidar como o Vale do Silício europeu, especialmente com o apoio de fundos de investimento internacionais e políticas de digitalização em andamento.
