Conseguir alugar um imóvel na Europa costuma ser um desafio para quem acabou de chegar e ainda não possui renda comprovada no país de destino. Em 2025, porém, vários países já contam com alternativas legais e procedimentos específicos que permitem que estrangeiros sem emprego local consigam firmar contratos de aluguel, desde que apresentem documentos e garantias que substituam a renda europeia.
Países mais flexíveis para quem não tem renda local
Na Europa, alguns mercados são conhecidos por aceitar documentação alternativa. Entre eles estão Portugal, Espanha, Itália e Irlanda. Nesses países, proprietários e imobiliárias costumam permitir que estrangeiros apresentem rendimentos do país de origem, extratos bancários internacionais ou cartas de responsabilidade.
Renda do país de origem
Uma das formas mais aceitas para substituir o comprovante de renda local é apresentar documentos financeiros do país de origem. Esses documentos podem incluir extratos bancários, declaração de imposto de renda, comprovantes de salário, faturas de MEI e até contratos de prestação de serviços.
Apresentação de fiador
Muitos estrangeiros conseguem alugar imóveis com o auxílio de um fiador, que pode ser um parente, amigo ou até uma empresa. Em vários países europeus existem empresas especializadas em atuar como fiadoras mediante pagamento de uma taxa anual. O fiador oferece segurança ao proprietário e dispensa a necessidade de renda local.
Depósito de caução mais alto
Quando não há renda no país ou fiador, uma alternativa comum é o pagamento de um depósito de caução maior. Em vez de um ou dois meses de aluguel, proprietários podem solicitar de quatro a seis meses adiantados. Embora não seja a opção mais acessível, permite que muitos estrangeiros garantam um imóvel enquanto regularizam a vida financeira no novo país.
Carta de responsabilidade financeira
Estudantes e profissionais transferidos frequentemente apresentam cartas de responsabilidade assinadas por familiares, empresas ou instituições de ensino. Esse documento afirma que a pessoa descrita se responsabiliza pelos custos mensais do inquilino, incluindo aluguel e despesas associadas.
Contratos temporários para recém-chegados
Outra opção são os contratos de curta duração, muito utilizados na Itália, Espanha e França. Proprietários alugam o imóvel por períodos de três a seis meses até que o novo morador consiga comprovar renda ou regularizar documentos. Após esse período, o contrato é convertido para um modelo tradicional.
Cuidados necessários:
Antes de fechar um contrato de aluguel, é essencial analisar o documento para evitar problemas. Verifique cláusulas sobre reajustes, responsabilidades de manutenção, prazos de contrato e condições de rescisão. Também é importante confirmar se o imóvel está devidamente registrado e se o proprietário tem autorização legal para alugá-lo.
Com a crescente migração para países europeus, os proprietários passaram a aceitar modelos mais flexíveis. O uso de fiadores internacionais, cauções altas e documentos financeiros do país de origem se tornou prática comum, garantindo aos recém-chegados mais tempo para regularizar sua vida profissional e financeira.
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