O cenário do ensino superior europeu acaba de ganhar uma nova configuração.
O ranking das melhores universidades europeias para estudar em 2026, divulgado pelo QS World University Rankings, revela uma surpresa: a ETH Zurique, da Suíça, conquistou uma ótima posição, chegando perto das tradicionais britânicas Oxford e Cambridge, líderes históricas.
Esse levantamento reflete a evolução da pesquisa e inovação no continente, destacando o equilíbrio crescente entre instituições do Reino Unido, Suíça, Alemanha e França, consolidando a Europa como um dos maiores polos acadêmicos do mundo.
ETH Zurique assume a liderança e simboliza avanço suíço
A ETH Zurique (Instituto Federal de Tecnologia da Suíça) foi apontada como uma das melhores universidade da Europa em 2025, reconhecida por seu alto impacto científico, estrutura tecnológica de ponta e reputação internacional.
Com forte presença em áreas como engenharia, física, matemática e ciências ambientais, a instituição é referência mundial em pesquisa aplicada e inovação industrial.
A conquista reforça o avanço da educação suíça, que, mesmo em um país pequeno, mantém altos investimentos públicos e privados em ensino superior e desenvolvimento tecnológico.
Reino Unido segue forte com universidades no topo
Apesar do ranking apertado, o Reino Unido continua dominando o topo da lista.
Universidades de Oxford e Cambridge, além da Imperial College London, ocupam as principais colocações e permanecem referências em excelência acadêmica, tradição e influência global.
Esse desempenho britânico reflete um ecossistema de pesquisa consolidado, internacionalização e recursos robustos, mesmo diante dos desafios impostos pelo Brexit e pela redução de intercâmbios europeus.
Alemanha e França ganham destaque no ranking 2025
O ranking mostra uma crescente competitividade da Alemanha, com universidades como a LMU de Munique e a TU de Munique subindo posições graças a seus programas de inovação e parcerias industriais.
A França também aparece com força, impulsionada por instituições como a Université PSL (Paris Sciences et Lettres) e a École Polytechnique, que se consolidam entre as 20 melhores do continente.
Esses avanços demonstram o esforço de países europeus em equilibrar qualidade e acessibilidade no ensino superior, ampliando oportunidades para estudantes internacionais.
Outros países em ascensão
A Holanda, Suécia e Dinamarca também aparecem em destaque, com universidades conhecidas pela abordagem prática e inovação em sustentabilidade. A Itália mantém presença honrosa, com o Politecnico di Milano e a Università di Bologna no ranking, embora ainda fora do top 10.
Já a Espanha e Portugal apresentaram estabilidade, com universidades reconhecidas regionalmente, mas ainda distantes das posições mais altas.
Critérios de avaliação e relevância global
O ranking leva em conta indicadores como qualidade acadêmica, impacto científico, inovação tecnológica, reputação internacional e empregabilidade dos graduados.
Esses critérios são semelhantes aos utilizados pelo QS World University Rankings e pelo Times Higher Education (THE), ambos considerados referências globais na avaliação do ensino superior.
Especialistas apontam que rankings não medem apenas desempenho educacional, mas também capacidade de atração internacional, um fator cada vez mais estratégico no cenário pós-pandemia.
O que o ranking significa para estudantes brasileiros
Para os estudantes brasileiros que buscam oportunidades no exterior, o ranking serve como um guia valioso.
Universidades europeias oferecem ensino de alta qualidade, programas em inglês e custos mais acessíveis do que em países como Estados Unidos e Canadá.
Além disso, países como Alemanha, França e Holanda têm políticas públicas de incentivo à internacionalização, incluindo bolsas e isenções de taxas.
“Estudar na Europa hoje significa ter acesso à excelência acadêmica e a um ambiente multicultural sem barreiras de inovação”, explica a consultora educacional entrevistada para a reportagem.
O que esse ranking representa para estudantes internacionais
Para quem planeja estudar na Europa, esse ranking é uma bússola: indica as instituições com maior visibilidade, melhores redes acadêmicas e reputação global.
Mas atenção: nem sempre a melhor posição garante a melhor experiência pessoal. Custos de vida, língua, bolsas de estudo e plano de carreira são variáveis decisivas para a escolha.
Para estudantes brasileiros, por exemplo, ver universidades europeias de peso se destacando pode inspirar candidaturas, contatos com programas internacionais e planejamento estratégico para pós-graduação.