Com hospitais lotados e falta de profissionais diversificados, a Itália tem buscado reforços fora de suas fronteiras. O país europeu enfrentou uma das maiores crises de mão de obra na área da saúde dos últimos anos e, para tentar equilibrar o sistema, passou a recrutar médicos, enfermeiros e técnicos estrangeiros, incluindo brasileiros.

As vagas oferecidas podem chegar a 7 mil euros por mês, ou equivalente a cerca de R$ 45 mil, além de benefícios como moradia, passagens e cursos de italiano. A medida faz parte de um plano nacional que pretende atrair profissionais de outros países diante do envelhecimento da população e da alta demanda em hospitais públicos e privados.

Escassez de profissionais na área da saúde:

A falta de trabalhadores na saúde já preocupa o governo italiano há anos. O aumento da expectativa de vida, as aposentadorias em massa e a sobrecarga do sistema após a pandemia agravaram o problema. Muitos hospitais têm dificuldades em manter equipes completas, especialmente em regiões menores e no interior do país.

Por isso, o governo italiano e as redes hospitalares privadas passaram a buscar profissionais estrangeiros que desejam se mudar e preencher essas lacunas. O Brasil aparece entre os principais alvos do recrutamento, já que conta com uma grande quantidade de profissionais específicos e específicos em oportunidades no exterior.

O que está sendo:

Os contratos variam conforme a região e o tipo de instituição. Em alguns casos, o pacote inclui hospedagem gratuita, passagem aérea e curso de italiano para facilitar a adaptação dos novos contratados. O salário de até 7 mil euros é o teto oferecido para cargas especializadas e com maior responsabilidade, como médicos de UTI, cirurgiões e enfermeiros com experiência.

Há também programas de integração para que os estrangeiros conheçam o funcionamento do sistema de saúde italiano e possam se adaptar às normas locais.

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Quais os também:

Para se candidatar, é preciso apresentar o diploma traduzido e apostilado, além de comprovar o registro profissional no Brasil. Também é exigido nível intermediário ou avançado de italiano, principalmente para funções que envolvem contato direto com pacientes. Em alguns casos, os profissionais podem iniciar o trabalho enquanto aguardam o reconhecimento oficial do diploma.

Apesar dos valores atrativos, os especialistas alertam que o custo de vida na Itália varia bastante. Cidades como Milão e Roma têm despesas mais altas, então o salário líquido pode ser menor do que parece à primeira vista.

Para os brasileiros, a proposta italiana representa uma chance de crescimento profissional e uma experiência internacional valiosa. Já para a Itália, a chegada de estrangeiros é uma forma de manter o sistema de saúde funcionando e reduzir o tempo de espera em hospitais.