Itália não deve intervir para impedir extradição de Carla Zambelli

O governo da Itália sinalizou que não pretende atuar para impedir a extradição de Carla Zambelli, caso os tribunais italianos autorizem seu retorno ao Brasil. A audiência decisiva está marcada para 27 de novembro de 2025, e o Ministério Público já se posicionou favoravelmente à extradição.

Sinais vindos da chancelaria italiana indicam que o governo de Giorgia Meloni não planeja interferir para impedir a extradição da deputada brasileira Carla Zambelli (PL-SP), caso a Justiça italiana decida por sua devolução ao Brasil. Fontes citadas pelo colunista Jamil Chade apontam que Roma não está disposta a confrontar seus tribunais nacionais em favor da aliada de Jair Bolsonaro.

O Ministério Público da Itália já emitiu parecer favorável à extradição de Zambelli. A parlamentar foi condenada no Brasil a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Justiça italiana, por sua vez, manteve a prisão preventiva da deputada, alegando risco de fuga. A audiência decisiva para a extradição está marcada para 27 de novembro de 2025, no Tribunal de Apelação de Roma.

Vale lembrar que, nessa sessão, será avaliada formalmente a decisão sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil.

Especialistas jurídicos consultados destacam que o governo italiano tem pouca margem política para recuar, especialmente se os tribunais decidirem em favor da extradição com base nos méritos legais.

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