Morar na França em 2026: custos, vistos, cidades e desafios para brasileiros

A busca de brasileiros por oportunidades para morar na França segue em alta. O país oferece qualidade de vida, educação reconhecida e serviços públicos eficientes, mas exige visto, comprovação financeira e preparação para um custo de vida elevado. Saiba o que esperar do processo em 2026.

O desejo de morar na França voltou a ganhar força entre brasileiros, provavelmente impulsionado pela reputação do país em qualidade de vida, infraestrutura, mobilidade e oportunidades acadêmicas. 

Contudo, enquanto isso acontecia, o governo francês endureceu as regras de imigração, o que exige planejamento e documentação adequada para quem pretende iniciar uma nova vida em território francês.

Segundo dados divulgados por consulados franceses e analisados por especialistas em mobilidade internacional, o número de pedidos de visto cresceu especialmente entre estudantes universitários e profissionais qualificados. 

Tipos de visto para morar na França

O visto é a principal porta de entrada para quem planeja morar na França. As categorias mais comuns são:

  • Visto de estudante — solicitado por quem busca graduação, mestrado ou cursos de especialização;
  • Visto de trabalho — voltado para profissionais qualificados, pesquisadores, artistas, empreendedores e trabalhadores transferidos por multinacionais;
  • Visto de reunião familiar — para aqueles que possuem cônjuge ou familiar direto já residente legal na França;
  • Visto de longa permanência para aposentados ou pessoas com renda própria, desde que comprovem meios financeiros suficientes.

A França não permite que turistas morem no país por longos períodos, e trabalhar sem visto é ilegal. Além disso, todas as categorias exigem seguro-saúde, comprovantes financeiros e endereço de estadia.

Custo de vida na França continua entre o mais caro da Europa

Pois é, se ninguém te avisou, lá vai: morar na França não é barato. 

O custo de vida varia conforme a cidade, mas comparado a outros países da União Europeia, a França figura entre os mais caros, especialmente em moradia e alimentação.

Moradia

Paris, la ville de l’amour, é a cidade com os aluguéis mais caros, podendo ultrapassar 1.200 euros por um simples estúdio.

Lyon, Toulouse, Bordeaux e Nantes, embora mais acessíveis, também apresentam valores acima da média europeia. 

Se você realmente quer viver na França, procure por cidades menores. Elas podem oferecer aluguel a partir de 500 euros.

O grande desafio é conseguir um contrato de locação sem histórico no país, já que muitos proprietários exigem garantias extensas.

Alimentação e transporte

A França tem supermercados variados e produtos mais baratos que os de restaurantes, mas comer fora pesa no orçamento. Já o transporte público é considerado eficiente e relativamente acessível, com passes mensais entre €30 e €86, dependendo da região.

Melhores cidades para morar: qualidade de vida além de Paris

Pensando nos critérios de mobilidade, segurança, oportunidades de trabalho e cultura, montamos uma lista com algumas das cidades que mais atraem brasileiros. 

Lyon

Segunda maior área metropolitana do país, conhecida pelo polo gastronômico e vida universitária intensa. 

Tem mais oportunidades de emprego e o custo de vida na cidade é inferior ao de Paris.

Toulouse

Centro tecnológico europeu, especialmente no setor aeronáutico e espacial. É uma das cidades mais buscadas por estudantes e profissionais de engenharia.

Nantes e Rennes

Ambas oferecem boa qualidade de vida, segurança, transporte eficiente e custos mais equilibrados.

Montpellier

Cidade jovem e ensolarada, com forte presença universitária e clima mais ameno.

Paris

Apesar de cara, continua sendo o principal centro econômico, cultural e acadêmico da França e, portanto, destino preferido de profissionais altamente qualificados.

Mercado de trabalho: oportunidades existem, mas exigem qualificação

Os setores de tecnologia da informação, engenharia, ciências e pesquisa, saúde, hotelaria, gastronomia e construção civil estão se mostrando muito abertos a estrangeiros. 

No entanto, para concorrer a vagas, é quase obrigatório ter nível intermediário ou avançado de francês. Mesmo que algumas empresas internacionais aceitem inglês, elas ainda são minoria.

Adaptação cultural: o choque que muitos brasileiros subestimam

Morar na França exige adaptação não apenas financeira, mas comportamental. Em nossa pesquisa, observamos que muitos brasileiros relatam um certo estranhamento com:

  • formalidade nas relações de trabalho,
  • rigidez em regras e prazos,
  • menor espontaneidade no cotidiano,
  • burocracia lenta, especialmente para recém-chegados.

Ao mesmo tempo, elogiam a qualidade dos serviços públicos, a segurança, a preservação cultural e o transporte urbano eficiente.

Sistema de saúde e educação: pontos fortes do país

O sistema de saúde francês está entre os melhores do mundo. 

Após obter residência, o imigrante tem acesso ao sistema público e pode contratar uma mutuelle, seguro complementar utilizado por lá.

A educação pública, desde o ensino fundamental até a universidade, é considerada uma das melhores da Europa, e muitas instituições de ensino superior têm mensalidades muito inferiores às de países anglo-saxões.

Vale a pena morar na França em 2025?

Se você busca por educação internacional de qualidade, carreira em áreas técnicas ou científicas, experiência cultural intensa, segurança e estabilidade, então sim, vale a pena morar na França!

Por outro lado, é preciso levar em conta custos elevados, burocracia e o desafio do idioma.

Para quem se prepara bem, morar na França pode ser uma das decisões mais transformadoras da vida.

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