Fiorenza de Bernardi, ícone da aviação italiana e primeira mulher a pilotar em uma linha aérea no país, morreu no último sábado (6), aos 97 anos. A associação Donne dell’Aria, da qual ela foi uma das fundadoras, confirmou a morte e afirmou que “agora ela voará livre ao nosso lado”.

Filha do aviador Mario de Bernardi, Fiorenza cresceu cercada pelo ambiente da aviação. Em 1951, aos 23 anos, realizou seu primeiro voo solo, iniciando uma trajetória que somou cerca de sete mil horas no comando de diferentes aeronaves, incluindo vários pousos de emergência que demonstraram sua habilidade.

No ano de 1967 foi contratada pela Aeralpi e tornou-se a primeira mulher piloto de linha aérea na Itália e a quarta no mundo, operando rotas no norte do país. Em 1969 substituiu o posto de comandante, uma carga ainda mais rara para mulheres naquela época.

Já em 1971 participou de uma missão até a Austrália, com passagem por países asiáticos e do Oriente Médio, experiência que reforçou seu perfil pioneiro em viagens internacionais.

Em 2018, ao completar 90 anos, foi homenageado pela Força Aérea Italiana no Aeroporto de Prática di Mare, que registrou oficialmente sua contribuição histórica para a aviação.

Fiorenza de Bernardi deixa um legado que abriu portas para gerações de mulheres no setor e um exemplo de autoridade e determinação.

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