Portugal continua sendo um dos destinos favoritos de brasileiros que buscam morar legalmente na Europa. Em 2026, dois tipos de visto seguem como os mais procurados: o D2, voltado para empreendedores e profissionais autônomos, e o D7, destinado a pessoas com rendimentos estáveis vindos do Brasil. Embora ambos levem à residência, as exigências e o perfil ideal de candidato são bem diferentes. Entender essas diferenças é essencial para evitar indeferimentos e escolher o visto mais adequado.
O que é o visto D2
O visto D2 é direcionado a quem deseja empreender, abrir uma empresa ou atuar como trabalhador independente em Portugal. Em 2026, o país continua incentivando a criação de negócios locais, mas o processo se tornou mais rigoroso.
Requisitos centrais do D2
-
Plano de negócios sólido e realista
-
Abertura ou intenção de abrir empresa em Portugal
-
Comprovação de investimento inicial (não há valor fixo, mas 5 mil a 10 mil euros é o mínimo praticável)
-
Demonstração de relevância econômica ou social do projeto
-
Comprovação de meios de subsistência para o primeiro ano
O D2 é ideal para quem quer trabalhar, gerar renda própria e construir carreira em Portugal.
O que é o visto D7
Já o D7 é um visto de residência baseado em renda passiva ou recorrente proveniente do Brasil. Em 2026, ele segue muito buscado por aposentados, investidores e pessoas com renda “semi-passiva”.
Requisitos centrais do D7
-
Rendimento mínimo mensal equivalente ao salário mínimo português (aprox. 820 euros em 2026)
-
Comprovação de renda estável por pelo menos 6 a 12 meses
-
Declaração de alojamento válido em Portugal
-
Seguro de saúde
-
Prova de meios de subsistência para o primeiro ano (em torno de 10 mil euros por adulto)
O D7 é ideal para quem não pretende trabalhar de imediato ou não depende de emprego local.
Diferenças culturais e práticas entre os vistos
Em 2026, Portugal reforçou a análise de origem da renda em pedidos do D7 e passou a exigir mais clareza sobre a viabilidade do negócio no D2. Isso significa:
-
D7: comprovação bancária mais rígida e foco em renda real, não transferências simuladas.
-
D2: plano de negócios precisa demonstrar impacto local, coerência e viabilidade. Projetos vagos são negados rapidamente.
Além disso, o SEF (atual AIMA) tem olhos atentos para pedidos com objetivos incompatíveis com o tipo de visto, o que tornou a triagem mais rigorosa.
Quem deve escolher o D2
Faz mais sentido optar pelo D2 se você:
-
Pretende empreender ou já tem um negócio estruturado
-
É profissional liberal e já trabalha online
-
Tem clientes fora ou dentro de Portugal
-
Quer uma rota ativa para residência e posterior cidadania
-
Planeja gerar renda trabalhando
Para freelancers, consultores, profissionais de marketing, designers, programadores, terapeutas, fotógrafos e pequenos empresários, o D2 continua sendo o visto mais estratégico.
Quem deve escolher o D7
O D7 é ideal se você:
-
Possui aposentadoria, renda de aluguel, dividendos ou rendimentos recorrentes
-
Não quer empreender
-
Pretende ter vida mais tranquila e estável em Portugal
-
Tem como comprovar rendimentos constantes
-
Quer evitar burocracias empresariais
É um visto mais simples para quem já tem renda fixa no Brasil.
Qual visto faz mais sentido
A resposta depende totalmente do perfil do brasileiro.
-
Quem vive de renda: D7.
-
Quem vive de trabalho: D2.
Em 2026, os dois vistos permanecem caminhos seguros para residência em Portugal, mas o D2 exige postura empreendedora e o D7 exige renda previsível e comprovável. Entender sua realidade financeira e profissional é o passo mais importante antes de decidir.