Colóquio em Berlim debate descolonização nos países africanos lusófonos

Berlim recebe, nos dias 27 e 28 de novembro, um colóquio dedicado aos 50 anos de independência dos países africanos de língua portuguesa, com debates sobre identidade, memória e descolonização.

Berlim recebe este mês um importante colóquio dedicado à descolonização nos países africanos lusófonos, reunindo especialistas de várias áreas para refletir sobre os 50 anos de independência de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. O encontro, promovido pela DASP – Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa, decorre nos dias 27 e 28 de novembro no Instituto Ibero-Americano da capital alemã.

Sob o tema “Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe – 50 anos de independência”, o colóquio reúne investigadores, escritores, académicos e artistas de diversas nacionalidades para uma abordagem plural e multidisciplinar sobre identidade, memória e processos de emancipação.

Debates culturais, políticos e artísticos

O programa inclui:

  • palestras temáticas
  • mesas-redondas
  • apresentações de livros
  • sessões de cinema
  • leituras e performances
  • exposições fotográficas

Segundo a organização, o objetivo é estimular um diálogo crítico sobre os caminhos percorridos por essas cinco nações ao longo das últimas cinco décadas, revisitando tanto conquistas quanto desafios ainda presentes.

As discussões abordarão também:

  • impactos e consequências das guerras civis,
  • processos de reconstrução nacional,
  • trajetórias político-institucionais após a independência,
  • questões jurídico-militares,
  • representações artísticas e literárias do período colonial e pós-colonial.

Cinquenta anos depois: memória e futuro

A edição deste ano ganha relevo especial por coincidir com a marca simbólica dos 50 anos do início dos processos de independência — um momento que vem sendo analisado em várias partes do mundo por estudiosos da história de África e da lusofonia.

O colóquio pretende, assim, contribuir para uma compreensão mais profunda das transformações sociais, culturais e políticas vividas pelos países africanos lusófonos desde 1975, além de promover reflexões sobre o futuro dessas sociedades diante dos desafios contemporâneos.

O programa completo será exibido no local do evento e inclui as atividades distribuídas pelos dois dias de encontros.

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