A sessão marcada para ontem, 4 de dezembro, que decidiria se a deputada federal brasileira seria extraditada para cumprir pena no Brasil, foi adiada para 18 de dezembro.
Por que o adiamento
O novo adiamento ocorreu após a defesa da parlamentar apresentar à corte italiana documentos que podem favorecer sua causa. A corte considerou necessário tempo adicional para que a acusação, representada pela Advocacia‑Geral da União – AGU, analise esses documentos antes de prosseguir com o julgamento.
Histórico do caso
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A primeira audiência havia sido remarcada para 4 de dezembro após suspensão inicial marcada para 27 de novembro, deferida devido a uma greve de servidores públicos na Itália.
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A parlamentar, que está presa em Roma desde julho, foi condenada em dois processos no Brasil: uma pena de 10 anos e 8 meses por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, e outra de 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma.
O que muda com o adiamento
Com o novo adiamento, o processo de extradição, que já vinha se arrastando ganha novo prazo. A defesa espera que os documentos apresentados aumentem as chances de evitar a extradição imediata, ou de negociar as condições de retorno e cumprimento de pena. A corte, por sua vez, pretende garantir que todas as garantias legais e argumentos sejam avaliados antes de decidir.
O que esperar até 18 de dezembro
Com a nova data marcada, o que se deve observar agora:
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O posicionamento da acusação (AGU) sobre os documentos apresentados pela defesa;
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Possíveis manifestações da promotoria italiana, que já havia se mostrado favorável à extradição;
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A manutenção ou não da prisão preventiva de Zambelli até decisão final;
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Repercussão política no Brasil, especialmente entre partidos e instâncias judiciais, caso a decisão seja favorável à extradição.
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